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Seguro para corais

Você sabia que a maior parte do nosso oxigênio vem das algas do oceano? E que protetores solares podem prejudicar os corais?

Nos últimos 20 anos, as constantes mudanças climáticas, a poluição e outros impactos ambientais estão comprometendo a saúde dos recifes de corais no mundo, o que por sua vez afeta a saúde do oceano.

Os corais estão para o oceano como as florestas estão para a fauna e flora, ou seja, são fundamentais. Grande parte das espécies de peixes depende deles para sobreviver. Entretanto, estima-se que até 14.000 toneladas de filtro solar sejam levadas para os mares em todo o mundo, a cada ano. O número é impactante, a consequência ambiental também é e nós somos inconformados diante de tudo que pode melhorar.

Para cruzar esses fatores, direcionamos nosso olhar sustentável para repensar o impacto das nossas fórmulas e ingredientes no meio ambiente. Nesse caso, dentro do oceano. Segundo Andrezza Canavez, especialista em toxicologia Humana e Ambiental no Grupo Boticário, os filtros solares vêm sendo questionados no meio científico por contribuírem com o branqueamento dos corais.

É um fenômeno que merece a atenção e a preocupação de todos, pois é uma condição que deixa os corais vulneráveis e impede que obtenham os nutrientes necessários para sobreviver, podendo levar à morte desses organismos. Assim como a poluição dos mares, as mudanças climáticas provocam o branqueamento. Vale dizer ainda que construções desordenadas, turismo irregular e pesca predatória também afetam a saúde dos recifes e do oceano.

Coral branqueado

Alguns corais fazem simbiose com algas que vivem em seus tecidos e lhes fornecem alimentos. Quando estão vulneráveis, expelem essas algas, perdendo sua coloração e sua principal fonte de energia, tornando-se suscetíveis a doenças.

Nesse sentido, para proteger a saúde dos recifes de corais, nosso time de P&D, preocupado com todo esse cenário e buscando produtos ainda mais sustentáveis, nos ajudou a avançar na busca por sucesso responsável e trouxe uma metodologia científica inovadora que garante que a formulação completa do protetor solar não branqueie ou agrida os corais, protegendo assim o ecossistema marinho.

O olhar para o impacto ambiental de fórmulas e ingredientes é uma nova abordagem em sustentabilidade para o setor de cosméticos e seus consumidores.

Realizada em parceria com um laboratório de ecotoxicologia da França, a iniciativa é pioneira no Brasil, colocando o Grupo Boticário como uma das primeiras empresas de cosméticos nacional com o atributo Reef Safe em seus filtros solares, ou seja, que é Seguro Para Corais.

Adoro praia. Já fui surfista e hoje pratico stand up paddle. Oferecer ao mercado e aos consumidores brasileiros o primeiro protetor solar que não agride a visa marinha me enche de orgulho e satisfação. É nosso papel garantir a sustentabilidade do ecossistema marinho e alertar sobre o risco de branqueamento e morte dos corais.” – Alessandra Mattos Sekeff, vice-presidente B2B.

Preservar a vida marinha faz parte da nossa história

A ONU declarou que entre 2021 e 2030 será a Década do Oceano, um período para promover a cooperação internacional voltada à gestão e preservação dos recursos naturais de zonas costeiras. E sabe onde foi realizado o primeiro encontro global do movimento para comunicadores? Aqui, no Brasil, com o nosso Conexão Oceano! No GB, nos antecipamos há muito tempo.

“Há três décadas, nossa preocupação com os mares e corais caminha junto ao trabalho desenvolvido pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza”, afirma Malu Nunes, diretora-executiva da instituição.

Acompanhe algumas das iniciativas em que a Fundação Grupo Boticário já está trabalhando:

Nos últimos 31 anos, 25% dos valores doados pela Fundação Grupo Boticário foram destinados a iniciativas para conservação de ambientes marinhos. Segundo a Unesco, a média global de investimento fica ente 0,04% e 0,4%.

Com o objetivo de garantir a sobrevivência de espécies de corais em risco de extinção, apoiamos o projeto da Rede de Pesquisas do Instituto Coral Vivo, que usa tecnologia pioneira para criar banco de gametas e gerar corais de proveta.

Para mapear e monitorar nossos recifes de corais, apoiamos o desenvolvimento de protocolos de controle por meio de drones, que atuam na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (APACC), localizada nos estados do Pernambuco e de Alagoas.

Em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), desenvolvemos uma tecnologia de transplante que funciona como uma espécie de berço para os corais. Os fragmentos de corais são mantidos até que se recuperem, cresçam e possam ser reinseridos em seus hábitats, ocupando um papel-chave no equilíbrio recifal.

Quando falamos em sustentabilidade, nosso objetivo maior é de, até 2030, garantir que 100% dos nossos novos produtos tenham alguma redução de impacto ambiental. Alinhada com essa premissa, Desirée Schuck, nossa gerente de Segurança de Produtos, sintetiza muito bem o nosso posicionamento em relação não só aos produtos que consumimos, mas também a qualquer decisão que tomamos diariamente e que possa impactar no equilíbrio de todos os ecossistemas.



“Não basta que o produto seja bom para mim; ele também precisa ser bom para o ambiente que me cerca.” – Desirée Schuck, gerente de Segurança de Produtos.

Somos o pulmão do mundo duas vezes

Além da maior vegetação tropical terrestre, o Brasil abriga uma das mais importantes florestas subaquáticas do planeta. Com grandes extensões de recifes de corais concentradas nas regiões Norte e Nordeste, temos um ecossistema rico em biodiversidade de milhares de espécies animais, como peixes, crustáceos, moluscos e algas marinhas.

E sabe o que é ainda mais incrível? O planeta também respira pelas algas marinhas, responsáveis por quase 55% de todo o nosso oxigênio.

Em uma relação de simbiose, enquanto o coral fornece o gás carbônico que as algas usam em seu processo de fotossíntese, elas liberam o oxigênio que não só o coral, mas todos nós precisamos para sobreviver. É por isso que as águas rasas são ideais para esse tipo de ecossistema, já que as algas precisam da luz solar para fazer a fotossíntese.

Animal ou vegetal

Por suas cores vivas e por não se deslocarem, eles passam a impressão de serem plantas, mas não são. Os corais são animais que desempenham papeis fundamentais, como o de “florestas marítimas”. Veja alguns números que mostram seu impacto:

3 mil quilômetros de águas brasileiras têm formação de recifes de corais, que se concentram no Nordeste.
15 toneladas de frutos do mar podem ser geradas por apenas 1 quilômetro de recife, desde que ele esteja saudável.
850 milhões de pessoas no mundo, que vivem a uma distância de até 100km dos recifes, são beneficiadas pelos serviços ecossistêmicos dos corais.

[Fonte: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)]

Consumo consciente: o que você pode fazer pelo oceano

Separe seu lixo: se continuarmos no ritmo atual, até 2050, o oceano terá mais plástico do que peixes. Para evitar esse colapso, procure dar uma destinação correta aos resíduos orgânicos e recicláveis que você produz em casa e no trabalho.

Opte por empresas ambientalmente responsáveis: além de procurar os selos que mostramos aqui, consuma produtos de empresas genuinamente preocupadas com o meio ambiente e que não testam suas formulações em animais, por exemplo.

Respeite a vida marinha: o turismo irresponsável é uma das principais ameaças à saúde do oceano. Por isso, visite nossa costa, admire as belezas marinhas somente com os olhos, sem interferir nas espécies ali presentes.


Com o crescente movimento em busca de produtos mais sustentáveis, questionamentos de consumidores, mídias e da sociedade em geral, é fundamental que as empresas sejam transparentes e se posicionem sobre suas práticas, trazendo ainda mais benefícios para o consumidor e para o planeta.


Mais do que em qualquer outro momento, pensar no coletivo é imperativo para garantir o nosso futuro. Nessa corrente, quando navegamos juntos, podemos fazer o oceano saudável e colorido novamente.